terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Terceiro Capítulo - Postado!

Capítulo 3

Se vista por cima, não só a cidade de Saint-Denis, mas todas as cidades da era medieval formavam-se como linhas de quarteirões que iam se encaracolando em volta das outras. Devido às grandes invasões de séculos atrás e para obterem mais segurança, os citadinos construíam suas casas de madeira, taipa ou qualquer outro material que pudesse fazer uma casa e que não fosse de um custo consideravelmente alto. (continue lendo)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


Capa do livro!

Segundo Capítulo - Postado!

Capítulo 2

O menino levantou de sua cama de palha que dividia com seus irmãos, tinha a pele clara, com grandes olhos escuros, seu cabelo liso caia sobre a testa. Percorreu a pequena casa esfumaçada e escura, lavou o rosto com um pouco de água de um jarro. Ao passar as mãos pelo pescoço, percebeu um calombo, assustado procurou por um espelho. Achou um pedaço quebrado que estava em cima de mesa de madeira que não tinha uma forma definida e que era sustentada por dois cavaletes. Quando olhou no espelho, muito se assustou com um calombo que crescia rapidamente, com desespero, o garoto deixou o espelho cair e se quebrar, a saliência continuava crescendo como se fosse uma bolha de ar. (continue lendo)

Primeiro Capítulo - Postado!

Capítulo 1

Durante aquele outono, a planície do norte da França, entre um emaranhado de árvores compridas e cascudas, havia se tornado tão gélida devido aos ventos que sopravam. Já no início do outono, as folhas de muitas árvores acabavam cedendo à natureza do rigoroso outono. Os esquilos e gambás corriam rapidamente por entre os arbustos, enquanto os ratos silvestres se escondiam do frio. Por vezes poderia até mesmo encontrar algum cervo desorientado. Entretanto, aquele dia seria diferente, as arvores desfolhadas seriam ouvintes de uma batalha, nem mesmo os bichos ficariam ali para presenciar.(continue lendo)

Introdução - Postado!

Apresentação

Caro leitor, essa obra embora tenha seus poucos traços fictícios, é repleta de fatos históricos, dentro de uma época em que o homem começava a desencarnar daquela cultura religiosamente católica, momento esse em que sua mentalidade despertava sobre si mesmo dentro de seu tempo, ou até mesmo, posso dizer que essa é uma das primeiras etapas pelo qual o homem passou para chegar a contemporaneidade. Portanto, se não entender a presença de alguns objetos como os óculos desprovidos de hastes e com apertadores sobre os narizes, em sua maioria dos mais velhos, entenda ao menos que tal objeto fora criado no início do século XIII, por um tal de Robert Grosseteste, esse sendo um bispo e amigo de Roger Bacon, um dos primeiros empíricos de sua época, coitado, acabou com seus tecidos corpóreos na fogueira, em 1277.
Estou falando de uma época em que livros não eram carregados em computadores, tablets, ou até mesmos em bolsos, mas sim, em duas mãos, muitas vezes espessos, quando não copiados por monges de lugares longínquos, recebiam tinta de placas de madeira, o que os deixavam marcados com as letras, palavras, frases e textos. Entretanto, aquela ainda era uma época de livros envenenados e censurados a grande maioria da população camponesa e citadina. Salve Johannes Gutenberg, por ter revolucionado o modo de prensar livros, com certeza os clérigos o odiaram.
Por muitas vezes nesse livro, você, caro leitor, perceberá a presença de feiras com produtos de todos os lugares do mundo, “ops”, quase todo o mundo, a lã dos Países Baixos, as especiarias e a seda do Oriente, o vinho e azeite ibéricos, tais produtos eram de ótima qualidade, as feiras duravam semanas, meses e se prolongava por anos por toda a Europa. Elas eram o meio de maior intercambio cultural, social e econômico, embora condenadas pela igreja por fazem uso da usura, bom... Se fosse assim, todos vamos para o inferno.
Mas ir para o inferno por usura se tornou um grande problema para a igreja, portanto, criou-se o purgatório, por vezes irá ler essa palavra nesse livro desgraçado. Para os grandes jogadores de baralho, seja de boteco, de rua ou de salões, saibam que o baralho surgiu nessa época, e por causa dele, homens viviam brigando nas ruas sujas e desorganizadas da velha Paris. Ah... a velha Paris, Giovanni, o protagonista a amava.
Se você que está lendo, está sentado, talvez esteja com alguma roupa de botões, se não fossem esse botões, poderíamos dizer que você estaria “danado”, eles também foram uma criação genuinamente medieval e ajudaram muitas mulheres a usarem roupas mais apertadas, mesmo que fosse necessário prender os seus pulmões ou soltarem “puns” em meio as ruas europeias.
Até agora falei de ruas, mais precisamente ruelas, elas eram parte integrante e importante das cidades nesse período, desde o ano 1000, era por essas ruelas que se encontravam as mulheres da vida, as bancas de peixe bom com peixe estragado, ou até mesmo se encontrava uma suja taberna para beber um vinho suave e barato. Entretanto, deveria tomar cuidado, as pessoas jogavam fezes e urina pela janela, as fezes ou “merdas”, como você quiser chamar, desciam para os muros e davam um ar fétido as cidades medievais.
Antes de terminar essa apresentação, direi o principal alvo desse livro mundano, a peste negra, negra pelo cheiro de morte com seiscentos mortos por dia em várias cidades da Europa, negra pelos grandes bubões que nasciam nos pescoços, nas axilas e nas virilhas de homens, mulheres e crianças, negra pelo ar pesado e pelo medo. Aquele ano de 1347, fora terrível, principalmente para o os italianos que amaldiçoavam os judeus e os barcos que chegavam de Caffa, a oeste da Ásia Menor.
A peste negra fora sem dúvida o maior desastre biológico, não se assuste com números, mas cerca de quarenta por cento da população pereceu sobre o efeito de hemorragias e buracos por todo o corpo, claro, buracos sim! Os bubões estouravam com o tempo, os buracos ficavam ao relento e passava a ter um odor fétido. A doença causava desespero a todos, a medicina era pouco desenvolvida e não achava resposta, meios ou possibilidades de cura.
De qualquer maneira, espero que goste desse livro, fora feito com muita pesquisa e amor a minha querida História, delicie-se com os peixes das feiras, com as frutas, com os teatros pagãos da piazzas “praças” italianas e não se amedronte ou enoje com a comida estragada da camada dominada.

         O Autor